segunda-feira, 30 de junho de 2008

Banho de sol cósmico por André Van Lysebeth


“Como? É muito simples! Enquanto o meu vizinho se bronzeia estirado ao sol, como eu, numa praia, acolho o máximo de sensações corporais: o calor, o contacto da pele com a areia. O vento nos cabelos, o ar matinal etc. É a primeira etapa. Depois trata-se de “cosmizar” a experiência, tomando realmente consciência do evento sol.
Para a minha experiência comum, o sol é o que era para os antigos; uma grande bola, lá em cima no céu. Quando um pensador grego afirmava que o sol podia ser maior que a acrópole, teve de enfrentar a incredulidade, às vezes a hostilidade dos seus concidadãos. Hoje qualquer colegial sabe que o Sol tem um volume um milhão de vezes maior do que a Terra, mas nós geralmente realizamos isso? Tenho dúvidas. Da mesma forma, saber que a energia solar ainda estava no Sol oito minutos antes não me toca muito, mesmo sabendo que a luz percorre mais de 300.000 quilómetros/segundo, cerca de oito vezes o circuito do globo. Então, para concretizar a enormidade dessa distância, imagino uma auto-estrada Terra-Sol. Viajando a 100 Km/h, 24 horas seguidas, sem nunca parar, eu precisaria de cerca de dezasseis anos para percorrer esses 15 milhões de quilómetros! Na praia, tento transformar essas cifras áridas em realidades concretas. Penso na imensidão do vazio gelado (- 273) que me separa do sol e percebo a sua luz como uma catarata de fotões mini projécteis que me percorrem e penetram. Melhor ainda: a luz é realmente a substância solar que há ainda oito minutos estava no astro. É, portanto, um fluxo contínuo de matéria que me liga a ele: eu banho-me, literalmente, no sol, absorvo a sua matéria em mim. Eu também tento; aliás, em vão, devido à sua enormidade; visualizar a sua massa em erupção, vomitando jactos de matéria incandescente, a centenas de milhares de quilómetros da sua superfície. Visto de perto, seria aterrador, sem falar na impossibilidade física. O vulcão em erupção já é impressionante, mas imaginemos todo o nosso planeta transformado num vulcão: espectáculo impressionante a ser multiplicado por…33.000, no caso do sol! Nenhum psiquismo humano resistiria a isso. Já quando um astronauta volta da lua, após o seu mísero salto de pulga de um segundo/luz, esse breve encontro com o cosmo transforma a sua visão do mundo. Todos os astronautas que pisaram a poeira lunar sabem disso, e eles não são sonhadores. Tântrica ou não a imaginação mais louca sempre ficará aquém da realidade. Assim, na areia quente me impregno na enormidade do “evento sol”. Para tomar consciência das ondas de energia, de matéria solar que caem a todo o momento na superfície total da terra, penso que a superfície da minha pele tem menos de dois metros quadrados, da qual, evidentemente, só exponho a metade ao sol. Ora no verão, em pleno meio-dia, esse metro quadrado acumula tanto calor que é preciso ir para a sombra. Para toda a terra, é preciso multiplicar pelos milhões de quilómetros quadrados que ela expõe ao sol! Ora, o nosso planeta, poeira cósmica infinita só capta uma parcela infinitesimal da energia total vomitada pelo sol no vazio inter sideral, sol que assim “emagrece” centenas de toneladas por segundo há milhões de anos e ainda hoje…melhor ainda, eu sou literalmente sol resfriado! Cada átomo do meu corpo, cada grão de areia, cada objecto que me cerca é sol solidificado, pois a terra também foi plasma sideral incandescente: ela é um fragmento de estrela resfriado. Logo, eu SOU, na minha carne e nos meus ossos, sol condensado. Ele é a vida, a minha vida. Para mexer o dedo mínimo, pensar ou dormir, degrado energia solar. Para viver e agir, extraio a minha energia dos vegetais, que são sol em conserva, ou da carne, que é capim, portanto sol transformado em boi! O combustível do meu carro é energia solar fossilizada, assim como o carvão: continue você mesmo a lista! Enfim, eu escrevo este texto e você o lê graças ao sol.
Muito bem: saber intelectualmente que se é sol condensado é interessante, nada mais. Viver isso, mesmo que fugidiamente, é fantástico, é tântrico! Ingénuos os meus sentidos escondem o sol verdadeiro, que só a minha intuição pode devolver. Assim, sempre estirado na praia sentindo a imensidão da energia solar e a distância que ela percorreu directamente ligado à energia cósmica, a fronteira entre mim e o astro dilui-se, e então eu sinto a shakti do Tantra, a energia criadora última cuja manifestação é o sol. Enquanto isso, o meu vizinho certamente pensa nos colegas (ou, melhor nas colegas) que vão admirar o seu bronzeado a menos que simplesmente esteja a dormira ao sol. Enquanto o meu banho de sol profana se torna cósmico, os raios UV queimam tanto a minha pele como a dele, mas para o meu consolo o meu banho de sol será cósmico! Da mesma forma, toda a minha vida pode ser mudada, cosmizada, e isso não exclui o prazer, pelo contrário. Daí uma formidável expansão da minha visão do mundo e de mim mesmo, especialmente do meu corpo, esse outro universo…”

In Tantra, o culto da femenilidade de André Van Lysebth

quarta-feira, 11 de junho de 2008

JANTAR DE YÔGA
- 26 de Junho às 20.30


Para festejar a chegada do Verão
e aproveitando ainda que não fomos todos de férias para
outras paragens propomos finalmente o nosso desejado jantar de YÔGA.

Assim, queremo-nos reunir em outro contexto para tagarelar, partilhar e degustar outros prazeres.


Temos o pretexto, temos a vontade e temos o sitio. . . só nos falta a companhia!


Assim, Propomos o Restaurante
Localizado na zona Norte do Parque das Nações, o novo espaço Pleasures convida à descoberta da primeira cozinha vegetariana de fusão em Lisboa.O restaurante oferece uma cozinha sofisticada, onde poderá saborear magníficos pratos oriundos das mais diversas culturas, numa verdadeira profusão de cores, sabores e texturas que chama ao equilíbrio entre nutrição saudável e o prazer dos sentidos.


http://www.pleasures.pt/

Para espreitar o site e ver o mapa de localização

Teremos um buffet á nossa disposição com novas cores, texturas e sabores grande variedade de pratos, onde a combinação é feita por si e especialmente para si.

O jantar inclui entradas, buffet, 1 bebida e café, tem o preço fixo de 15 euros e as restantes bebidas e sobremesas serão pagas à parte.

Confirmar a presença até ao dia 23 de junho